terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Funções da Mão

A mão é a nossa melhor e insubstituível ferramenta de preensão. Com a sua ajuda, podemos intervir no meio ambiente de acordo com os nossos desejos. Seja para trabalhar com barro, amassar, modelar, esculpir algo ou simplesmente cortar legumes – para tudo isso é necessário recorrer ao uso das nossas mãos. Só reconhecemos o seu valor quando, devido a uma lesão (por menor que seja), a nossa liberdade de movimentos fica limitada

As funções motoras e sensíveis da mão são totalmente voltadas para a preensão, em que há uma grande variedade de possibilidades. Conforme Kapanji (1992), distinguimos os três seguintes grupos:
  • Preensões estáticas
  • Preensões sob a influencia predominante da gravidade
  • Preensões dinâmicas


PREENSÕES ESTÁTICAS

As preensões estáticas, por sua vez, são divididas nos seguintes grupos:


  • Preensões de dedos
    - Preensões bidigitais
    - Preensões pluridigitais
  • Preensões da palma da mão
  • Preensões simétricas

Preensões Bidigitais
São preensões de precisão executadas por dois dedos. Elas possibilitam pegar e segurar os objectos mais pequenos. Distinguem-se os quatro seguintes tipos

  1. Preensão com a ponta dos dedos: duas pontas dos dedos seguram um objecto.

  2. Preensão com a polpa dos dedos: preensão com a polpa dos dedos é semelhante à preensão com a ponta dos dedos, porém abrange uma área maior, pois é realizda com a polpa inteira dos dedos; por exemplo, quando se pega numa folha de papel.
  3. Preensão lateral dos dedos/polpa dos dedos: essa função de preensão é chamada de preensão de chave ou preensão lateral, e executada principalmente pelo polegar e dedo indicador.

  4. Preensão interdigital: o objecto é segurado apenas pelos dedos, o polegar não participa da preensão; por exemplo: pegar num cigarro.



Preensões Pluridigitais

As preensões pluridigitais capacitam realizar uma preensão firme, uma vez que ao lado do polegar são utilizados adicionalmente dois, três ou quatro dedos. Distinguem-se:
  1. Preensão tridigital: o polegar, o segundo e o terceiro dedos formam essa preensão. É necessária, por exemplo, para escrever ou abrir fechos.
  2. Preensão tetradigital: Objectos maiores são segurados com segurança – por exemplo, quando se abre um pote de compota.
  3. Preensão pentadigital: Todos os dedos são utilizados. O polegar ocupa diversas posições de oponência – por exemplo, quando se agarra um bola ou um pires.

Preensões da palma da mão

Ao contrario das preensões com os dedos, neste tipo de preensão o objecto é agarrado também com a palma da mão, e com isso aumentam a estabilidade e a área da preensão. Preensões com a palma da mão podem ser realizadas de dois modos diferentes:


  • Somente os dedos longos são utilizados – por exemplo no acto de remar.

  • Polegar mais dedos longos são utilizados – por exemplo para segurar uma ferramenta.

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PREENSÕES SOB A INFLUENCIA PREDOMINANTEMENTE DA GRAVIDADE

O que caracteriza estas preensões é que não podem ser realizadas em estado de falta de gravidade (em condições experimentais), por exemplo, agarrar numa bandeja, num balde de água, etc. Outros exemplos são: formar uma concha com as mãos e captar ou remover algo.






PREENSÕES DINÂMICAS

As preensões dinâmicas destacam-se pelo facto de que durante a sua realização estamos a agir simultaneamente, por exemplo ao escrever, cortar, comer com pauzinhos, ou tocar um instrumento.
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Livro: Terapia para as Mãos (2007).